MINIBIO
Henrique Farage (2000) é artista visual, graduando de Artes Visuais pela Universidade de Brasília (UnB) e Designer Gráfico formado pelo Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB). Vive e trabalha em Brasília, DF. Em 2024 foi selecionado para a 3ª edição de ILHÓ – Mostra de novus artistas, na A Pilastra; expôs em “Garotão de prata e regatinha rosa choque” de Rafael da Escóssia, no Museu Nacional da República e em 2023 participou de AGUAPÉ - Mostra de Performances, no Museu Nacional da República.
Através de processos de desconstrução, Henrique tenta compreender o mundo a sua volta, as coisas e suas subjetividades. Essa desconstrução do espaço que o cerca permite ao artista uma melhor compreensão de si mesmo: de seus desejos, potencialidades e fragilidades. Para então ressignificar as materialidades do mundo. Ele encontra inspiração na prática esportiva do basquete.
Seu pensamento parte da escultura e se expande para outras linguagens artísticas como Performance, Instalação, Fotografia, Vídeo, Pintura e Assemblagem.

DEPOIMENTO
O Artista preza pela manutenção da nossa capacidade de nos maravilharmos, de exercermos uma curiosidade infantil, de perguntarmos por que as coisas são como são. Acredita em não apenas aceitar o mundo, mas sim entendê-lo e transformá-lo. Num processo de engenharia reversa, ele desconstrói objetos para compreender suas partes, questionar suas funções e encontrar suas subjetividades. Assim, exerce um olhar de alteridade sobre seus comportamentos e sobre o próprio espaço que ocupa.
O basquete é o principal assunto de seu trabalho. Henrique retorna ao esporte a partir de uma outra posição, artística e desconstrutiva. Esse casamento entre arte e esporte faz com que ambas as áreas alcancem lugares que não conseguiriam alcançar estando separadas. Deixar difusas as fronteiras desta intersecção e brincar com a elasticidade desse relacionamento interessa ao Artista.
Henrique utiliza materiais esportivos em seus trabalhos, o que conecta diretamente as duas áreas. No entanto, para além da obviedade que a materialidade do trabalho proporciona, há também uma questão processual sobre como abordar a prática artística enquanto esporte e vice-versa. Para o artista, Arte e Esporte compartilham uma série de palavras-chave como treino, repetição, exaustão, descanso, performance, potência, competição e equilíbrio.